(ontem à noite, fotografia com telemóvel)
Sinto que refrescou e o fresco da manhã soube-me a inicio de Primavera.
Os dias quentes levaram-me ao centro de saúde com uma dor de garganta voraz.
"Umas belas anginas" (como a dona delas, oiço dizer) e ninguém a quem as pegar.
Então pego ao colo, muito devagar, na minha sobrinha de 3 anos.
Está molhada da transpiração.
É um colo para as duas. Um colo nosso.
Deixo-me levar pela indolência dos dias, que entram nas noites, quase sem variação de temperatura.
Em noites quentes corro com um cachorro que segue à minha frente como se saltasse costantamente num tranpolim. Um delirio de felicidade, as corridas no meio do Alentejo puro, seco, com saca-rabos e raposas a fazerem-nos ultrapassagens rasteiras.
Os sons da noite tão intensos.
Tão longe do mundo "real" e tão próxima do natural.
Há 10 anos a avó Matilde deixava-nos o corpo que durante mais de 90 anos habitou.
Viveu ao ritmo e com os sons da natureza.
Hoje mergulharemos numa piscina ao fim do dia, numa família que se multiplicou depois da partida dela. Para celebrar o inicio do Verão ou apenas para refrescar.
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