"Sedutora história, esta, em que o destino é
aquele que escolhe em nosso nome. O rei/amo tem o poder de convocar a morte e
pedir-lhe satisfações, como se não a temesse. Mas a poderosa morte, aqui
disfarçada de figura humana, também não sabe tudo. Não sabe, por exemplo, como
se chega até ela - também precisa da cumplicidade dos vivos. O cavaleiro/criado
dá ao gesto da morte um sentido que ele não tinha, para que o destino seja
corrigido e se cumpra. Caminha na sua direcção, convencido de que lhe está a
fugir. O destino é mais teimoso e menos impaciente do que qualquer humano e
prefere, por vezes, o caminho mais longo. Não vai pela auto-estrada, porque
conhece os encantos das estradas secundárias."
Post dedicado ao Amin, que hoje faz 83 anos. Que fala da morte com imenso carinho, e não menos brincadeira. A Pérsia é a terra dos contos, das histórias. Tem-me encantado esta amizade. تبریک
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