sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Do Amor
























O meu pai ama-me tanto-tanto que, sabendo da minha paixão por amoras, 
ontem apanhou uma caixinha só para mim.
{e eu gosto mesmo é de as encontrar e comer, enquanto caminho - aquela coisa meio selvagem de ter de me picar nas silvas, para lhes comer o fruto. De as comer acabadas de colher.}

O Poeta Nu

Vinha meio nu
Trazia uma cesta de vime cheia de amoras
que conhera nas margens do rio
Passara a tarde toda de silvado em silvado
Na sua mão direita um pequeno arranhão
- Tão quente tão quente 
esse Verão
[Jorge  Sousa Braga]

Sem comentários:

Enviar um comentário