segunda-feira, 31 de março de 2014

Plácidos domingos {ou, os romancistas e os poetas}



 
“os poetas não servem para nada. (…)Amam e fumam demais. (…)Os poetas morrem mais cedo do que os romancistas. (…) Os poetas olham para um cinzeiro e dizem “olha que lindo”. 
São uns palermas. Apaixonam-se, às vezes, pelas mesmas pessoas. (…)
O ideal para um poeta é estar desempregado, para bem da segurança nacional. (…) 
Os poetas só falam de si mesmos. Se falam sobre deuses ou da Bíblia, é só para disfarçar. (…) 
Se os poetas fossem controladores aéreos, haveria tráfego de andorinhas. (…)
Há poetas que não gostam de ninguém e há aqueles que têm pena de toda a gente e andam por aí a distribuir poemas. (…) Ainda assim, ainda há os que gostam mais de poesia do que de poetas. A poesia também é literatura.(…), repetiu 3 vezes. Antes do galo cantar, ninguém a negará três vezes.
Ser um cidadão informado é ver telejornais e ler romances. Um cidadão alienado vê telejornais e lê poesia.(...)
Morra a prosa, morra, Pim!” 

{excertos de um texto de Filipa Leal, escutados num Alfarrabista em Coimbra.}

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