segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Processo

Li "O Processo", de Kafka, há mais de 15 anos.
Lembro-me de ser uma leitura que me provocava náuseas, mas que ainda assim não conseguia abandonar.

A Ordem que tutela a minha actividade profissional, por ordem superior do Estado que nos desgoverna, iniciou um "Processo" no qual me chamou de Arguida.

Este processo tem dois anos e nenhum fundamento.
Para este "Processo" a Ordem não tem sequer legitimidade.

O próprio instrutor-delegado achou que o "Processo" não ia a lado nenhum.
Que neste "Processo" apenas ele iria a algum lado.
Passou dois fins-de-semana numa romântica Vila, e, aproveitando a viagem, aproveitou para me interrogar.

Do meu "Processo", sem qualquer fundamento, chegou hoje uma nota seca (como o, entretanto meu amigo, instrutor lhe chamou) dizendo que, a infracção disciplinar cometida pela Arguida é punível com pena de "censura".

O meu "Processo" causa-me náuseas.

O melhor remédio para as náuseas, é mergulhar e nadar.

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