domingo, 10 de novembro de 2013

Matiné

[Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta]

Na evolução para a maturidade (partindo da minha imensa infantilidade),
cada vez me restam menos dúvidas de que é aqui que quero chegar.
À imensa coerência de Hannah Arendt, com o seu pensamento.
 
Depois de uma semana feita de burocratas-robots, de prazos inquestionáveis, de frases feitas "está na lei", "é a lei".
Ser apenas o mais fiel obediente às leis (mesmo as mais perversas), a incapacidade geral de questionar a razoabilidade, a legitimidade, a justiça e a humanidade dessas leis.
O problema dos burocratas (na realidade nazi - dos burocratas nazis, na realidade portuguesa - dos burocratas portugueses), era/é a incapacidade de pensar. Sem a força corrosiva e desconstrutiva do pensamento, qualquer acção é possível, qualquer lei pode ser racionalmente justificada.
 
[Para a Ju, que o viu pela segunda vez, porque eu queria mesmo muito ver este filme. E que me mostra, na sua coerência de vida, a radicalidade do bem]

1 comentário:

  1. ra·di·cal
    (latim radix, -icis, raiz + -al)
    adjectivo de dois géneros
    1. Da raiz.
    2. Inerente, inseparável.
    3. Completo.
    4. Que é drástico ou brusco.
    5. [Política] Que quer reformas absolutas em política.
    6. [Gramática] Pertencente ou relativo à raiz da palavra.
    7. [Botânica] Diz-se das folhas que nascem junto da raiz.

    "radical", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/radical [consultado em 10-11-2013].

    As Raízes que nos seguram e ajudam a voar! Que bom é ter-te no meu subsolo!! Bjs

    ResponderEliminar