sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Oração


Hannah Arendt - A banalidade do mal

"(...) o maior mal do mundo é o mal perpetrado por ninguém. Males cometidos por homens sem qualquer motivo, sem convicção, sem razão maligna ou intenções demoníacas. Mas seres humanos que se recusam a ser pessoas. 
(...) Desde Sócrates e Platão, que geralmente se referiam ao pensar como o diálogo silencioso travado consigo mesmo. Ao recusar-se a ser uma pessoa, Eichmann abdicou totalmente da característica que mais define o homem como tal: a de ser capaz de pensar. Consequentemente, ele tornou-se incapaz de fazer juízos morais.
Essa incapacidade de pensar permitiu que muitos homens comuns cometessem actos cruéis numa escala monumental jamais vista. (...)
A manifestação do acto de pensar, não é o conhecimento, mas a habilidade de distinguir o bem do mal. O belo do feio. E eu tenho esperança de que o pensar dê força às pessoas para evitar a catástrofe nesses raros momentos, na hora da verdade."

Meu Deus, faz com que eu seja sempre um ser pensante.

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